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domingo, 1 de novembro de 2015

Castidade: Uma das principais causas de martírio nos primeiros séculos.

Texto do Padre Maria Iraburu

Evangelho e Martírio


"Uma virtude só pode ser vivida sem especiais esforços quando já tenha sido socialmente assimilada, ao menos como ideal. Pelo contrário, enquanto predominem estruturas de pecado – formas mentais ou de conduta – fortemente adversas, esta virtude não poderá ser afirmada senão a custo de grandes marginalizações e sofrimentos, inclusive com perigo para a vida (desenvolvo este tema em De Cristo ou do mundo, 202-214).

Nada há, portanto, de estranho que nos primeiros séculos da Igreja a afirmação do pudor e da castidade seja uma das causas mais frequentes de martírio, junto com a questão do culto ao imperador (Paul Allard 185-191).

Hoje continua nos surpreendendo e admirando que os primeiros cristãos – concretamente aqueles que procediam de culturas quase alheias ao pudor e à castidade, e que haviam crescido na impudicícia -, assimilaram tão precocemente e tão profundamente estas virtudes cristãs, até ao ponto de que estiveram dispostos a perder a vida para afirmá-las. É um enigma histórico. Ou melhor, é um milagre formidável do Espírito Santo. Recordemos apenas um exemplo deste pudor surpreendente, afirmado já no ano 203. As santas mártires Perpétua e Felicidade foram expostas no anfiteatro de Cartago à fúria de uma vaca muito brava. “A primeira a ser lançada para o alto foi Perpétua (de 22 anos, mãe recentemente), e caiu de costas; mas apenas se encontrou sentada, recolhendo as túnicas rasgadas, cobriu a perna, lembrando-se antes do pudor do que da dor” (Actas 20). Gestos como este deixavam assombrados aos pagãos. Na literatura dos Padres aparecem traços frequentes deste assombro que causava nos pagãos o pudor das mulheres cristãs, e a admiração que em muitos casos suscitava a beleza da castidade. Não parece excessivo afirmar que o testemunho cristão da castidade e do pudor foi uma das causas mais eficazes da evangelização do mundo greco-romano, que em grande medida ignorava estas virtudes".

Do livro do Padre Maria Iraburu - Elogio ao Pudor. Pode ser lido completo neste link.

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